Folha de S. Paulo


'Faltam profissionais de saúde', afirma prefeitura de SP

A Prefeitura de São Paulo atribui parte da demora na marcação de consultas ao déficit de profissionais, principalmente em especialidades como dermatologia e ortopedista, com a maior demanda.

"Eu vou falar com a maior transparência e dizer que estamos com dificuldades de diminuir essa fila em algumas áreas", diz José de Filippi Júnior, secretário da Saúde.

O secretário, contudo, lista algumas iniciativas da prefeitura para enfrentar o problema, como convênio com a Sociedade Brasileira de Dermatologia para que médicos ligados à instituição atendam em consultórios municipais.

Na área de dermatologia, a prefeitura cita um convênio com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Alguns pacientes serão atendidos no hospital da instituição, o Hospital São Paulo, e ainda por profissionais da universidade levados para outras regiões da cidade.

Em relação à Rede Hora Certa, o secretário diz que a rede fez sim diferença na espera. "Mais de 578 mil procedimentos foram ofertados pela rede esse ano [até novembro], então, há impacto", diz.

"Quando assumimos a gestão [em 2013], pacientes esperavam dois anos. Hoje, não há ninguém nessa fila esperando tanto tempo."

Outro motivo citado para a demora nas consultas é a fila de exames, que andou. "Antes, para se fazer um ultrassom, a espera era de sete meses", diz Filippi. "Hoje, é de 50 dias e, há três meses, chegou a 43 dias", completa.

O secretário afirma também que a demanda cresce na medida em que mais unidades vão sendo construídas e mais pessoas passam a ter acesso ao sistema de saúde.

"A demanda cresce a quase 20% ao ano. Se nada fosse feito, a fila de espera ia ser de 1 milhão de pessoas em 2013."

A criação da rede por meio da reforma de quatro antigos Ambulatórios de Especialidades e de uma Unidade Básica de Saúde também é uma expansão real, segundo ele.

Filippi cita o aumento de especialidades e exames na Rede Hora Certa da Penha, que passou de 39 para 49, e também da rede do Itaim Paulista, de 13 anteriores para 22.

A prefeitura diz também que o fato de cada rede não necessariamente atender as mesmas áreas é positivo. "Não há uma Rede Hora Certa padrão com as mesmas especialidades. Cada região tem uma demanda", diz.

Para ele, não há atraso na construção de hospitais. "Quando assumimos, não tinha projeto nem terreno nem nada. Tivemos que licitar tudo e desapropriar terreno."

Ele diz que as obras dos hospitais de Parelheiros e da Brasilândia começam em janeiro de 2015 - o da Penha está com o projeto executivo concluído. Após iniciadas as obras, ele estima um prazo de 20 meses para que os hospitais que fiquem prontos.

Já a Unidade de Pronto Atendimento do Hospital Santa Marina, hospital reformado pela prefeitura, começa a funcionar em dezembro, segundo o secretário. "O prefeito vai assumir o compromisso de entregar 1.000 leitos", completa.


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