Folha de S. Paulo


Antonio Di Renzo Filho (1945-2014) - Passou a vida dentro ou ao lado da piscina

Para amenizar as crises de asma, o pai do pequeno Antonio Di Renzo Filho decidiu colocá-lo na natação. O menino de fato melhorou, e em meio às braçadas ainda descobriu uma paixão: a água.

Passaria a vida dentro ou ao lado da piscina. E a determinação que o fazia brigar até o último metro o levou ao pódio dezenas de vezes.

Os primeiros mergulhos foram no Clube Internacional de Regatas, em Santos (SP), sua cidade natal, e no Tumiaru, na vizinha São Vicente.

Aos 16 anos, mudou-se para Porto Alegre a fim de nadar no Grêmio Náutico União. Colecionou mais alguns títulos, vencendo diversas travessias no rio Guaíba.

De volta a São Paulo, conquistou mais medalhas pelo Corinthians nos campeonatos paulista, brasileiro, sul-americano e pan-americano.

Atravessou o Brasil ainda mais uma vez, então com a mulher, Maria Rubinice, indo morar em Salvador. Foi campeão estadual e, depois, treinador da seleção baiana.

Nos anos 1970, o casal fundou uma escola de natação e hidroginástica, novidade na época por lá. Antonio era formado em educação física.

Deu aulas até o final da vida, principalmente para a terceira idade. Ultimamente, liderava campanha pela criação de uma piscina de 50 metros em Salvador e conduzia uma rede de histórias de nadadores no Facebook. Nas horas vagas, escrevia contos.

Morreu na madrugada de sexta-feira (14), aos 66 anos, de embolia pulmonar. Deixa a esposa, com quem estava casado desde 1970, os filhos, Rubens (também educador físico) e Paola, e a neta, Erika.

coluna.obituario@uol.com.br


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