Folha de S. Paulo


Três escolas de Cabo Frio continuam sem aula após ataques criminosos

Os recentes ataques criminosos que paralisaram o transporte público em Cabo Frio no final de semana ainda repercutem no cotidiano dos moradores do município. A Secretaria de Educação informou nesta terça (28) que três unidades de ensino do bairro Manoel Corrêa continuam com as aulas suspensas em função da dificuldade de transporte para funcionários e alunos.

De acordo com a empresa Autoviação Salineira, os ônibus continuam sem circular no bairro, o que dificulta o acesso às duas escolas e à creche da região. A Secretaria de Educação informa também que muitos alunos e professores não conseguiram chegar ao bairro Guarani, onde as unidades de ensino continuam funcionando, mesmo com baixa frequência.

Na segunda-feira (27), 65 escolas e três centros de ensino tiveram as aulas suspensas deixando 26 mil alunos sem atividades. Nesta terça, 367 alunos ficaram sem aula. O comércio está funcionando normalmente, após apenas algumas lojas abrirem para atendimento ao público na segunda.

A Autoviação Salineira, que atende os moradores de vários bairros da região dos lagos e teve dois ônibus queimados no domingo (26), informou que algumas linhas continuam paradas por falta de segurança: Cabo Frio-Figueira; Arraial do Cabo-Sabiá; Arraial-Pernambucana; Arraial-Araruama; Célula Máter e Vila do Sol. Segundo a empresa, criminosos da região de Sabiá continuam ameaçando incendiar veículos que estiverem circulando pelas ruas.

Desde segunda, a cidade de Cabo Frio conta com reforço do Batalhão de Choque da Polícia Militar, depois de ataques criminosos motivados pela morte de quatro homens que teriam ligação com o tráfico de drogas. Eles teriam morrido confronto com a PM.

Em assembleia realizada, na segunda, na sede da Autoviação Salineira, o Sintronac (Sindicado dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros de Niterói a Arraial do Cabo) decidiu por maioria que os motoristas e cobradores do Grupo SMS (Autoviação Salineira, Montes Brancos e Autoviação São Pedro) paralisar as operações devido insegurança no transporte municipal, e só voltam a circular com a garantia de escolta policial.

Na tarde desta terça, o sindicato faz nova assembleia para avaliar as condições de segurança e decidir sobre a normalização das atividades na região.


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