Folha de S. Paulo


Operação contra fraudes no leite prende 16 suspeitos na região Sul

Uma operação deflagrada pelo Ministério Público de Santa Catarina prendeu 16 pessoas suspeitas de adulteração de leite em laticínios nesta segunda-feira (20). As prisões ocorreram em seis municípios do oeste catarinense, em uma cidade do Rio Grande do Sul e outra do Paraná.

A ação é um desdobramento das operações Leite Adulterado 1 e 2, que apuraram crimes na fabricação do produto em agosto.

Segundo a Promotoria de Santa Catarina, há indícios de que laticínios, queijarias e transportadores de leite estavam falsificando e corrompendo o leite destinado ao consumo, o que pode torná-lo prejudicial à saúde.

O promotor Fabiano Baldissarelli afirmou que o grupo acrescentava ao produto água oxigenada, soda cáustica, citrato e água. As substâncias químicas, aponta a investigação, aumentavam o tamanho das cargas e mascaravam a má qualidade higiênica do leite.

O promotor afirma que o leite adulterado chegou a ser encaminhado ao mercado consumidor. Os nomes das marcas ainda não foram divulgados.

Segundo ele, o Ministério da Agricultura vai rastrear as informações colhidas durante a operação para identificar os lotes que usaram a matéria-prima com essas substâncias químicas. Pode ser determinado o recolhimento do produto do comércio.

Entre os presos, há responsáveis pelas empresas, funcionários e comerciantes de produtos químicos. As empresas envolvidas são das cidades catarinenses de Novo Horizonte, Santa Terezinha do Progresso, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Formosa do Sul, São Bernardino e da gaúcha Iraí.

Em setembro, o Ministério Público de Santa Catarina denunciou (acusou formalmente) 48 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que adulterava leite no interior do Estado.


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