Folha de S. Paulo


Luiz Prestes Moro (1950-2014) - O gaúcho e as saudades do campo

A infância vivida na zona rural de Júlio de Castilhos, no interior gaúcho, influenciou da vida profissional aos hobbies de Luiz Prestes Moro.

Enquanto prestava o serviço militar, ingressou no tão sonhado curso de veterinária na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria).

Pretendia trabalhar com bois e vacas depois de se formar, mas acabou contratado pelo grupo Rhodia/Adisseo, onde atuou por mais de três décadas com vacinas e, posteriormente, nutrição animal.

Por causa do emprego, mudou-se algumas vezes entre cidades do Rio Grande do Sul e de São Paulo. Mesmo quando estava longe de sua terra natal, mantinha o hábito de tomar chimarrão e fazer churrasco aos domingos.

Desde 1998, estava de volta a Santa Maria. Aos finais de semana, para matar as saudades do campo, refugiava-se com a família na vizinha Itaara. Distraía-se cuidando das árvores frutíferas e dos peixes que criava na chácara.

Era conhecido entre os colegas por ser extremamente dedicado à profissão e por sua "típica teimosia gaúcha".

Certa vez, foi proibido de viajar após o diagnóstico de uma trombose. Como já tinha viagem marcada para a Itália, não quis nem saber: desobedeceu o médico e rea-lizou o sonho de conhecer o país de seus antepassados.

Morreu na segunda-feira (13), aos 64 anos, vítima de câncer. Deixa Lucia, com quem estava casado desde 1981, a filha, Cristiane, as netas, Maria Clara e Ana Beatriz, a mãe, Dileta, e os irmãos, Lozicler e Marlon.

A missa do sétimo dia será realizada hoje (20/10), a partir das 18h, na Catedral Metropolitana de Santa Maria.

coluna.obituario@uol.com.br


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