Folha de S. Paulo


Governador do Rio descarta risco de desabastecimento de água no Estado

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse nesta sexta-feira (17) que o Estado não corre risco de desabastecimento de água como em São Paulo e em Minas Gerais. Em entrevista à Folha, ele disse que sua maior preocupação são os incêndios na região serrana.

"Ainda não [há risco de desabastecimento]. Os reservatórios ainda dão para abastecer bem", disse o peemedebista, que negou o risco de racionamento.

Trata-se de um recuo em relação à declaração dada na quinta-feira (16), em sabatina ao jornal "O Globo". No evento, ele afirmou que "se a seca continuar pelos próximos 30 dias, vamos ter problema". Pezão disse, na ocasião, que o Estado atravessa a maior seca dos últimos 50 anos.

O governador disse que sua principal preocupação em relação à seca são os incêndios nas matas na região serrana. "Eu estou muito preocupado é com o incêndio na serra. Já falei duas vezes hoje com a ministra Isabella [Teixeira, do Meio Ambiente]. Recebi pedidos de ajuda de prefeitos na divisa do estado com Minas."

SUDESTE

Cidades dos Estados de São Paulo e Minas passam por racionamento devido ao tempo seco que atinge a região desde o início do ano. Na capital paulista, o governo nega haver rodízio, mas moradores de diversas regiões relatam sofrer com a falta de água.

Nesta sexta, a ANA (Agência Nacional de Águas) liberou a Sabesp para usar a segunda cota do "volume morto" do sistema Cantareira, para o abastecimento da Grande São Paulo. O "volume morto" corresponde a reserva de água abaixo do nível de captação das represas.

A Sabesp diz que novo volume vai elevar o cálculo do índice do Cantareira de 3,9% para 14,6%, mas que "a segunda cota só será usada se for necessário, já que foi iniciada a temporada de chuvas.


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