Folha de S. Paulo


Diante da crise, governo vai criar novo bônus para quem economizar água

Diante da escassez de água e falhas no abastecimento no Estado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira (16) que pediu para a Sabesp criar um bônus gradual na Região Metropolitana de São Paulo para quem reduzir a conta de água.

Segundo ele, a proposta é conceder, para quem teve uma economia menor que 20%, um bônus condizente com o percentual reduzido. O governador diz que a estatal ainda vai analisar a ideia, mas que acredita que será aprovada. Nesta quinta, o Cantareira opera com 4,1% da sua capacidade, índice considerado histórico.

"Às vezes, a pessoa reduziu 15% ou 19% e não ganhou o bônus. Nós propusemos para Sabesp que dê também bônus para economias menores. Se economizar 5%, terá 5% de redução na conta de água, por exemplo", explicou durante evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.

arte Folhapress/arte Folhapress
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Alckmin diz que o bônus atual, que dá 30% de desconto na conta para quem economiza mais de 20%, será mantido.

Questionado sobre as constantes reclamações de falta d´água, o tucano afirmou que os casos de falha no abastecimento ocorreram por conta de um problema técnico que aconteceu no último final de semana.

Segundo ele, bombas de distribuição de água passaram por problemas em Osasco e em Americanópolis, o que pode ter afetado outras regiões de São Paulo. Na quarta-feira (15), a presidente da Sabesp, Dilma Pena, disse que o abastecimento foram prejudicados por conta do calor e aumento do consumo de água.

FALTA ÁGUA

Apesar de o governo estadual negar que está fazendo racionamento de água, reportagem da Folha mostrou que o problema é recorrente em várias regiões de São Paulo.

A Sabesp reconhece parte do problema. Diz que nos últimos dias houve um aumento do consumo devido ao forte calor, mas afirma que isso prejudica o abastecimento em "alguns pontos", altos e distantes de reservatórios.

Na semana passada, a presidente da companhia, Dilma Pena, estimou em "1% a 2%" o percentual dos paulistanos atingidos pelo problema –além dos habitantes de regiões altas, mencionou quem não possui caixa d'água.

A situação é mais complicada para consumidores com esse perfil, mas a Folha constatou que o problema não se resume a eles.

Editoria de Arte/Folhapress

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