Folha de S. Paulo


PM prende 13 em bairro onde coronel foi preso há uma semana

Policiais militares realizam, desde o início da manhã desta quarta-feira (15), uma operação para reprimir o tráfico de drogas na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Ao todo, 13 pessoas foram presas e meia tonelada de maconha apreendida, além de dez armas, entre elas, um fuzil e mais de mil munições de diferentes armas.

O bairro da Ilha do Governador, onde está localizado o aeroporto internacional do Galeão, faz parte do noticiário há uma semana desde 16 PMs do batalhão local, entre eles, o ex-comandante, o coronel Dayzer Corpas foram presos pela Secretaria de Segurança do Rio sob a acusação de sequestrarem e extorquirem traficantes da facção Terceiro Comando.

O advogado Michel Assef, que defende o coronel Corpas, não atendeu aos telefonemas da Folha feitos para o seu escritório e para o seu telefone celular. A Folha apurou que os defensores do coronel já deram entrada com uma liminar solicitando que ele responda o processo em liberdade.

A operação de hoje começou pouco depois das 5h. Os policiais montaram uma blitz na única via de acesso à Ilha. A ação causou um engarrafamento que paralisou o bairro dificultando a saída e entrada das pessoas à região.

Além da blitz, os PMs realizaram operações em quatro favelas da Ilha do Governador. Um helicóptero da PM foi mobilizado para apoiar as ações.

Na semana passada, o Ministério Público estadual e a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança realizaram a operação Ave de Rapina que apontou o envolvimento de PMs do batalhão do bairro com traficantes da região. Além de sequestrarem e exigirem resgate dos criminosos, os policiais ainda evitariam ações contra os traficantes do Terceiro Comando que atuam na região.

Em troca, os PMs receberiam, segundo os investigadores, R$ 100 mil por mês para tolerar o tráfico de drogas e o transporte alternativo, também explorado pelos traficantes.


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