Folha de S. Paulo


Mãe e filha de SP morrem após jangada virar no litoral do RN

Uma mulher de 31 anos e a filha de dois anos morreram depois que a jangada onde estavam virou durante um passeio em uma área de corais em Maracajaú, distrito de Maxaranguape, no litoral norte do Rio Grande do Norte.

Josie Paiva de Oliveira Favari e a filha Melissa ficaram presas embaixo da embarcação, que virou ao ser atingida por uma forte onda. Ventava forte no momento do acidente, ocorrido no domingo (12).

Os parrachos de Maracajaú são uma formação de corais ao longo de 7 km que, na maré baixa, formam piscinas naturais propícias para o mergulho. O local é um dos principais pontos turísticos do Estado.

O marido de Josie, Alessandro Favari, também estava no barco. Segundo a Capitania dos Portos potiguar, ele conseguiu resgatar quatro pessoas do mar. A família mora em São Paulo.

A capitania, que apura as circunstâncias do acidente, diz que a embarcação estava com a documentação em dia, assim como o piloto, e que abrigava o limite máximo de passageiros (dez turistas e mais dois tripulantes). Todas as pessoas a bordo usavam colete salva-vidas, segundo o órgão.

No Rio Grande do Norte, os meses de agosto e setembro são conhecidos pelos ventos fortes, que deixam o mar agitado e dificultam a navegação.

Um alerta emitido pela Marinha, na manhã do domingo, indicava ressaca com ondas de até três metros de altura entre Recife (PE) e Fortaleza (CE), o que inclui o RN. Esse tipo de comunicado costuma ser repassado a marinas, iates clubes e operadores de passeio. A Capitania dos Portos, que desaconselha a saída de pequenas embarcações nessas condições, vai apurar se o proprietário do barco envolvido no acidente foi informado da possibilidade de ressaca.

O barco virou às 14h30, quando voltava do passeio em direção à praia. Uma onda forte levantou a parte traseira da jangada, o que fez o barco perder a direção. Em seguida, outra onda que veio pela lateral virou a jangada.

Josie e Melissa chegaram a ser socorridas, mas não resistiram e morreram.

A embarcação é conhecida popularmente como "jangalancha", porque seu casco é chato, semelhante ao das jangadas, mas possui motor e assentos para passageiros, com laterais de proteção.

O proprietário do barco, Jair Clemente Rodrigues, registrou boletim de ocorrência em que afirma que ventava forte no momento do acidente.

O enterro de mãe e filha estava previsto para esta terça-feira (14).


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