Uma quadrilha fez um arrastão num centro esportivo para locação de campos de futebol no Morumbi (zona oeste), na noite de quarta (1º), por volta das 21h30.
Ao menos 12 pessoas, entre homens e mulheres, participaram da ação, que durou cerca de 40 minutos. Segundo a Polícia Militar, o bando estava armado e rendeu 75 pessoas, entre clientes e funcionários do High Soccer.
Parte da quadrilha invadiu o local pelo portão nos fundos, que foi arrombado, conforme a polícia. Outro grupo se passou por clientes e entrou no espaço pela porta da frente, na avenida Giovanni Gronchi, a 2,5 km da sede do governo paulista.
"Eles chegaram como clientes normais, mas logo já gritaram: Deita, deita que senão eu vou matar!'. Foi assustador, principalmente porque eles estavam com a arma apontada para nossa cabeça", contou Alexandre Pacheco de Jesus, 40, atendente da lanchonete do High Soccer.
Os primeiros alvos foram a lanchonete e uma loja de artigos esportivos. Houve gritaria e os criminosos obrigaram os clientes a prosseguir com as partidas de futebol.
"Para evitar chamar a atenção, uma parte do grupo pediu para o pessoal continuar a jogar futebol como se nada estivesse acontecendo."
Cerca de R$ 800, além de 20 pares de chuteiras, foram levados pelo grupo, formado principalmente por jovens, segundo testemunhas.
Depois, a quadrilha rendeu os clientes que usavam três das cinco quadras. Os bandidos pegaram dinheiro, carteiras e celulares.
Fugiram então pelos fundos do centro esportivo, em um acesso para a comunidade Jardim Colombo.
Para o tenente-coronel Érico Hammerschmidt Junior, da Polícia Militar, os bandidos vivem na região.
Imagens do circuito interno já foram disponibilizadas para tentar identificar a quadrilha. De acordo com o oficial, o bando não estava encapuzado, o que pode facilitar a investigação.
Segundo o advogado do High Soccer, Raphael Garofalo, esta não é a primeira vez que o centro esportivo é assaltado. "Dessa forma nunca aconteceu. Já tiveram assaltos no meio da madrugada, quando não tinha ninguém aqui. Nunca passou pela nossa cabeça uma ação como essa."
A PM fez buscas na região, mas até o fechamento desta edição nenhum suspeito havia sido preso.