Folha de S. Paulo


Chuva no Cantareira não chegou a fazer 'cócegas', diz especialista

A chuva que foi e voltou pela capital paulista nesta sexta-feira (26) atingiu também a região do sistema Cantareira, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais, mas sem força para elevar significativamente as reservas de água.

Segundo o professor de meteorologia da USP, Augusto José Pereira Filho, para "começar a fazer cócegas" nos estoques das represas, a chuva precisaria ser mais intensa e durar um mês inteiro.

"O solo está rachado, com sede. Seu deficit de água na região é da ordem de 140 milímetros e, nas últimas 24 horas, choveu cerca de 10 mm sobre o Cantareira", calculou, às 18h30 de sexta.

Sobre a represa Jaguari-Jacareí, que responde por 82% da capacidade de armazenamento do sistema, havia chovido só 3 mm até o mesmo horário, de acordo com Pereira Filho. O nível do Cantareira era de 7,2%, o menor de sua história.

Procurada, a Sabesp disse que só divulgaria os novos índices na manhã de sábado (27).


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