Folha de S. Paulo


Sem chuva, nível do Cantareira chegaria a zero em 57 dias, diz governo

O secretário de Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, avaliou nesta quinta-feira (25) que se o volume de chuvas em São Paulo se mantiver no atual patamar nos próximos meses a expectativa é de que a segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira comece a ser usada a partir de 21 de novembro.

A primeira parte do volume morto começou a ser bombeada pelo governo paulista em maio. Nesta quinta-feira (25), o Sistema Cantareira chegou ao pior nível de sua história, de 7,4% da água que é capaz de armazenar.

A Sabesp, empresa paulista de abastecimento de água, está autorizada a retirar mais 57 bilhões de litros do volume morto para abastecer 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo. A primeira parte do volume morto foi usada quando a capacidade de abastecimento do Sistema Cantareira estava em 8,2%.

"Nós temos o segundo volume, que estamos preparando para usar. Nós vamos adiar o máximo e só usar se houver necessidade", disse o secretário. "Se continuar assim, essa é a data (21 de novembro). Daqui pra frente, no entanto, começando a primavera, a gente sabe que há muitos meses e que, nos últimos 84 anos, não houve nenhum desses meses que não choveu", acrescentou.

O secretário realizou nesta quinta-feira (25), na companhia do governador Geraldo Alckmin (PSDB), vistoria em obras no Parque Várzeas do Tietê, na capital paulista.


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