Folha de S. Paulo


Terminais 'velhos' do aeroporto de Cumbica ficarão 2 anos em reforma

Os terminais 1 e 2 do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), serão submetidos, a partir de outubro, à maior reforma desde que foram inaugurados, em 1985 e 1991, respectivamente.

Ao custo de R$ 200 milhões, a obra ampliará a capacidade total dos dois terminais dos atuais 25 milhões para 32 milhões de passageiros por ano –28% a mais.

Haverá ainda incremento nos espaços de circulação onde os passageiros recolhem as bagagens, nos setores de embarque e desembarque e no saguão de check-in.

A intervenção levará cerca de dois anos –começa na terceira semana de outubro e termina no segundo semestre de 2016, afirma a concessionária GRU Airport, que administra o aeroporto.

Editoria de Arte/Folhapress

Cumbica funcionará sem parar durante as obras, o que pode trazer transtornos aos passageiros. A concessionária diz que não haverá prejuízos.

No saguão, por exemplo, os balcões de check-in mais próximos da saída dos terminais serão removidos, o que ampliará a área de circulação de três para sete metros.

Ao todo, os dois terminais ganharão 19 mil metros quadrados para serem usados pelos passageiros, 16% a mais.

MUDANÇA NO EMBARQUE

Outra das mudanças será concentrar, em uma única entrada, o acesso aos portões de embarque. Ela ficará no corredor entre os terminais 1 e 2.

Hoje são quatro entradas, duas em cada terminal, destinadas aos voos domésticos e aos internacionais. A medida facilitará ao usuário se localizar, diz a GRU Airport.

A intenção é melhorar o conforto do passageiro e, assim, diminuir críticas às instalações dos dois terminais, os mais antigos de Cumbica e ultrapassados –teto baixo, escuro e apertado.

Uma das motivações para a reforma são queixas dos passageiros em pesquisa trimestral do governo federal para avaliar aeroportos.

Os banheiros de Cumbica são objeto constante de reclamações –haverá obras em alguns ainda não reformados.

Uma praça de alimentação ficará no mezanino. Assim como se deu com o terminal 3, a maior parte das lojas ficará depois do embarque, para atender só passageiros.

O projeto prevê também um monotrilho para conectar os quatro terminais do aeroporto. Servirá também para ligar o aeroporto à estação de trem a ser erguida no entorno e entregue até 2016.

Já a partir deste ano, os terminais 1 e 2 servem principalmente a voos domésticos –e a internacionais curtos, como os na América do Sul.

Ambos estão menos sobrecarregados em razão da inauguração do terminal 3, em maio, com capacidade para 12 milhões de passageiros por ano. Lá estão 80% dos voos internacionais do aeroporto.

Pelo contrato em que o governo concedeu o aeroporto à iniciativa privada, a concessionária não é obrigada a reformar os terminais 1 e 2.

Mas, quanto mais conforto oferece, maior é o desconto que recebe no pagamento de tarifas ao governo federal.


Endereço da página: