Folha de S. Paulo


Presídio de Pedrinhas registra a 17ª morte de preso neste ano

Um princípio de motim deixou mais um preso morto no CDP (Centro de Detenção Provisória) do Complexo de Pedrinhas, em São Luís, na noite de quinta-feira (18). Esta é a segunda morte em menos de uma semana e a 17ª registrada no presídio só neste ano.

A Sejap (Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária) não informou as circunstâncias da morte do detento Hélio da Silva Sousa, 21, nem o que teria motivado o motim.

Equipes do IML (Instituto Médico Legal) e do Icrim (Instituto de Criminalística) estiveram na cela para remover o corpo e realizar o trabalho de perícia.

A tropa de Choque e o Geop (Grupo Especial de Operações Penitenciárias) fazem a segurança no local.

No último sábado (13), o preso Eduardo Costa Viegas Cunha foi morto na CCPJ (Central de Custódia de Presos de Justiça).

O CDP de Pedrinhas tem capacidade para 402 detentos, mas abriga hoje 500. A penitenciária chamou a atenção de órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos pela quantidade de presos mortos -60, só no ano passado- e pela barbárie -alguns detentos foram decapitados e esquartejados pelos próprios companheiros de cela dentro do complexo, administrado pelo Estado.

Mesmo após apoio da Força Nacional de Segurança e pressão da Justiça brasileira e de entidades internacionais, Pedrinhas ainda convive com assassinatos, rebeliões e fugas.


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