Funcionários, servidores e alunos da USP prometem realizar dois protestos dentro do campus Butantã, na zona oeste de São Paulo, nesta terça-feira (02).
Os atos são uma forma de pressionar a reunião do Conselho Universitário que debaterá, entre outros assuntos, o plano de restruturação da universidade.
Um dos pontos mais polêmicos proposto pelo reitor Marco Antonio Zago é o da criação de um PDV (Plano de Demissão Voluntária) para reduzir o quadro de funcionários da USP. O conselho ainda pretende discutir a desvinculação do Hospital Universitário.
De acordo com o diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) Magno de Carvalho, haverá uma concentração em frente ao prédio da reitoria por volta das 13h. "Como o local onde será a reunião ainda não foi definido, vamos esperar para decidir onde faremos o primeiro ato", disse.
Após o protesto em frente ao prédio onde acontecerá a reunião do conselho, os manifestantes seguirão em passeata até a praça do Relógio onde haverá um segundo ato.
Promovido pela Adusp (Associação dos Docentes da USP), o protesto contará com a participação de artistas que segundo a associação "darão o toque musical ao ato".
Participarão do ato, chamado de "SOS USP", professores historicamente engajados na defesa da universidade como Marilena Chauí, Chico de Oliveira, João Zanetic e Maria Helena Souza Patto
Os protestos desta terça-feira acontecem em meio a maior greve dentro da USP. Os funcionários estão parados há quase 100 dias. Eles pedem reajuste salarial de 9,78%. A reitoria diz que por conta da crise na instituição não poderá conceder nenhum aumento neste momento.