Folha de S. Paulo


Acordo reduz vazão do Cantareira para região metropolitana, diz agência

A ANA (Agência Nacional de Águas) informou nesta sexta-feira (29) que a Sabesp vai reduzir novamente a quantidade de água a ser retirada do sistema Cantareira para abastecer a região metropolitana de São Paulo, após um acordo firmado entre a agência e o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do Estado de são Paulo.

Segundo a ANA, foram acordadas duas reduções da vazão do túnel 5 do sistema Cantareira: a partir de 30 de setembro, de 19,7 m³ por segundo para 18,1 m³ por segundo; e a partir de 31 de outubro, para 17,1 m³ por segundo.

No início da noite, no entanto, a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado divulgou nota negando que tenha sido determinada a redução da vazão do sistema. "Não houve acordo ou decisão sobre o tema", afirmou a assessoria de imprensa da secretaria em nota.

A ANA havia informado que a decisão foi tomada na reunião do GTAG (Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira) iniciada em 21 de agosto, mas que só será concluída em 3 de setembro. As vazões para os rios do PCJ (Piracicaba, Capivaria e Jundiaí), que abastecem Campinas, serão mantidas em 3 m³ por segundo, podendo ser aumentadas para 4 m³ por segundo se necessário, segundo a agência.

Em julho, a vazão já havia caído de 21,5 m³ para os atuais 19,7 m³ por segundo.

Criado em janeiro, o comitê de crise é formado por técnicos da ANA (Agência Nacional de Águas) e do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) que monitoram diariamente os índices do sistema e definem a retirada máxima de água para abastecimento a cada 15 dias.

O Cantareira é a principal fonte de água da Grande São Paulo, onde atende quase 9 milhões de pessoas. Também abastece cerca de 6 milhões de moradores da região de Campinas e Piracicaba. Nesta sexta, o volume dela estava em 11,3%.

Moacyr Lopes Junior - 1º.ago.14/Folhapress
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