Folha de S. Paulo


Parceria entre USP e prefeitura vai estimar benefício de faixa de ônibus e ciclovia

A Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e a Secretaria de Transportes de São Paulo firmaram parceria nesta sexta-feira (8) para elaborar estudos sobre o impacto da mobilidade urbana na saúde pública.

O objetivo é calcular, por exemplo, como mudanças no trânsito resultam em aumento ou redução na emissão de poluição, acidentes de trânsito e no risco de doenças.

Uma das possibilidades enfatizadas pelo secretário de Transportes, Jilmar Tatto, é estimar os benefícios da implantação de faixas exclusivas de ônibus e ciclovias –bandeiras da gestão Fernando Haddad (PT).

Ele disse que cerca de três milhões de usuários de ônibus foram afetados pela implantação de 348,7 km de faixas exclusivas e que a redução média no tempo de viagem foi de 38 minutos por dia.

Segundo o médico Paulo Saldiva, especialista em estudos sobre saúde e poluição e que será um dos coordenadores da parceria, o tempo menor dentro dos ônibus representa menos exposição à poluição e ao stress do trânsito.

Esse impacto, segundo ele, será medido tanto em termos financeiros (quanto a saúde pública economizou) quanto em termos de vidas humanas (quantas vidas foram salvas).

Ele afirma que no fim deste ano os primeiros resultados poderão ser conhecidos, mas que o trabalho deve ser de longo prazo para resultar em análises cada vez mais complexas.


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