Uma operação policial na noite de terça-feira (5) resultou na prisão do principal líder da milícia que atua em Campo Grande, zona oeste do Rio. Ex-policial militar, Marcos José de Lima Gomes, conhecido como Gão, chefiava o maior grupo paramilitar da cidade, desde que assumiu o posto do antigo chefão Toni Ângelo Souza Aguiar, preso em julho de 2013.
Ele foi detido em casa, em Cosmos, distrito de Campo Grande, portando um fuzil e outras duas armas de fogo. Segundo a Polícia Civil, que efetuou a prisão, não houve confronto.
Foragido da cadeia, Gomes tinha mandado de prisão pendente pelo crime de formação de quadrilha. Ele é ligado à milícia denominada Liga da Justiça.
Em julho deste ano outro chefe dessa milícia também foi preso. Charles Santos Pamplona, 35, foi capturado em Cosmos. Na época, um helicóptero foi usado para levá-lo do bairro à delegacia.
Titulares da DH (Delegacia de Homicídios), na Barra, informaram que Pamplona era suspeito de ser um dos assassinos do agente penitenciário Anderson Terra dos Santos, morto em 2013. Na casa dele foram apreendidos dois veículos roubados, um fuzil, pistolas, granadas, munição, coletes a prova de bala, radiotransmissores, telefones e toucas ninja.
De acordo com a polícia, os milicianos têm sua fonte de renda em negócios diversificados, sendo o principal deles, naquela região, o transporte alternativo, com vans e kombis fazendo lotadas para diversos pontos e bairros vizinhos. Também atuam com o chamado "gatonet" (TV a cabo ilegal) e cobram de empresários e comerciantes taxas a pretexto de "segurança".