Folha de S. Paulo


Bairros Pinheiros e Jardim Ângela ganham garagens públicas em SP

De forma discreta, a gestão Fernando Haddad (PT) abriu dois estacionamentos públicos. Eles ficam nos terminais de ônibus Pinheiros (zona oeste) e Jardim Ângela (zona sul) e têm, juntos, 955 vagas.

A primeira hora custa R$ 8 e R$ 3, respectivamente.

Com o aumento da Zona Azul, que passará para R$ 5 a partir de 1º de agosto, estacionar o carro por duas horas na rua ou no estacionamento de Pinheiros vai custar a mesma coisa —R$ 10.

Danilo Verpa - 24.jul.2014/Folhapress
Estacionamento público subterrâneo aberto em junho pela prefeitura no terminal de ônibus Pinheiros
Estacionamento público subterrâneo aberto em junho pela prefeitura no terminal de ônibus Pinheiros

No caso do Jardim Ângela, a diária hoje custa R$ 8, mas a partir do dia 1º passará a ser de R$ 5. Ou seja, uma hora na Zona Azul custará o mesmo que deixar o carro um dia inteiro no estacionamento —que é coberto e tem seguro.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), responsável pelos locais, as tarifas foram definidas "com base em estudos com tomada de preços nos estacionamentos das regiões".

GESTÃO

A construção dos dois estacionamentos foi iniciada na gestão Gilberto Kassab (PSD), que defendia os espaços para atrair motoristas e fazê-los utilizar o transporte público em parte dos deslocamentos.

Em Pinheiros, o projeto do terminal foi alterado e incorporou as vagas no subsolo.

Editoria de Arte/Folhapress

No Jardim Ângela, foi construído um edifício-garagem de cinco andares, por R$ 8,7 milhões, que também serve ao hospital municipal M'Boi Mirim.

As duas obras estavam praticamente prontas desde o início da gestão Haddad, mas não eram usadas porque a prefeitura tentava dar outro uso para os espaços. No prédio da zona sul, foi avaliada até a instalação de serviços como postos de saúde.

A administração Haddad tem sido marcada por uma série de medidas que desestimulam o uso do carro —incluindo a restrição de vagas.

Além do aumento do cartão de Zona Azul, o número de vagas cobradas subiu 9%. E, no mês passado, o preço das garagens subterrâneas Trianon e Clínicas também subiu —a primeira hora passou de R$ 12 para R$ 15.

As novas garagens foram abertas no dia 9 de junho, mas a divulgação oficial foi tímida. Limitou-se a comunicado no site da CET e faixas colocadas nas entradas.

As garagens ainda são pouco usadas. Na quinta-feira (24), havia apenas 56 carros em Pinheiros às 17h30 —13% da capacidade. Um estacionamento em frente, sem cobertura e que cobra R$ 10 a primeira hora, estava cheio.

A CET diz ainda não ter levantamento de quantos veículos passaram pelo local.

A garagem não tem manobrista, o próprio motorista estaciona e leva a chave. O controle é feito por cancela eletrônica e tíquete, que precisa ser pago em um guichê na bilheteria do terminal —por enquanto, apenas em dinheiro.

ROOSEVELT

A explicação oficial da demora na inauguração é que foi preciso fazer licitação que selecionou uma empresa para operar os estacionamentos. A vencedora foi a TB Serviços, contratada por 12 meses por R$ 1,1 milhão.

Ela também será responsável pela garagem subterrânea da praça Roosevelt, na região central, espaço público que comporta mais de 300 vagas.

A obra está pronta, mas a CET diz que ainda aguarda a formalização da documentação para que o estacionamento passe por adequações para receber as cancelas, câmeras e o sistema de cobrança.

A companhia, porém, não informou a previsão de inauguração do espaço.

Outras duas garagens públicas, no Mercadão e na rua 25 de Março, tiveram a licitação suspensa pelo Tribunal de Contas do Município.


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