Folha de S. Paulo


Morte de policial pode ter sido motivo de chacina na Grande SP

Um adolescente de 17 anos acusa sete policiais militares de o terem agredido na favela CSU, em Carapicuíba (Grande SP), horas antes dos ataques que deixaram sete mortos e quatro feridos, anteontem. Um PM foi preso suspeito dos crimes.

Os policiais queriam saber, segundo o jovem, quem havia matado o soldado Adaílton da Silva Souza, na mesma favela, no último dia 19.

Segundo o adolescente, ele seguia para a casa da madrinha, na CSU, quando foi abordado com truculência pelos PMs, mas acabou liberado.

Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress
Série de ataques deixa seis mortos e três feridos em Carapicuíba, na Grande São Paulo
Série de ataques deixa sete mortos e quatro feridos em Carapicuíba, na Grande São Paulo

Quando estava na casa da sua madrinha, a residência foi invadida pelos mesmos policiais, disse o garoto. "Eles falaram que iriam me matar e jogariam meu corpo por aí."

Após revistar a casa, os PMs o levaram para a calçada e o agrediram com chutes, socos e choques, disse ele.

A família do adolescente procurou a delegacia e o caso foi registrado como abuso de autoridade, agressão e ameaça. A PM disse que a queixa será investigada.

Ontem, seis dos sete mortos nos ataques (e não oito, como inicialmente informado pela polícia) foram enterrados. Um homem ainda está sem identificação.


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