Folha de S. Paulo


Casal é indiciado por homicídio e ocultação de cadáver de zelador em SP

O publicitário Eduardo Martins e a advogada Ieda Cristina foram indiciados nesta terça-feira (15) pelo homicídio do zelador Jezi Lopes de Souza, morto no dia 30 de maio.

Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), Martins foi indiciado pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma e falsificação de identidade. Ieda foi indiciada por homicídio,

O zelador foi morto dentro do apartamento do casal, na rua Zanzibar, na Casa Verde, zona norte de São Paulo.

Na tarde de segunda-feira (14), a Polícia Civil recebeu laudos que confirmam que o sangue encontrado dentro do apartamento era do zelador. O publicitário confessou ter assassinado e esquartejado Souza. O corpo da vítima foi colocado em uma mala e levado para o litoral.

Porém, o mesmo laudo não comprova que havia sangue do zelador em um par de botas de Ieda. Também não foi encontrado material da vítima no carro do casal. Por isso, Polícia Civil pediu novos testes para saber se os calçados e o automóvel foram lavados. Marcelo Primo, advogado de Ieda, afirmou que os laudos reforçam a inocência dela.

O CRIME

Imagens do circuito interno do edifício registraram os últimos momentos em vida do zelador. No elevador, ele se preparava para entregar correspondências nos apartamentos. Eduardo, que mora no 11º andar, disse à polícia que discutiu e brigou com o zelador naquela tarde e que a vítima morreu ao bater a cabeça no batente de uma porta.

Segundo relatos do próprio publicitário e da família do zelador, eles discutiam com frequência por motivos banais, como a entrega de jornais e vagas na garagem do prédio.

O zelador havia registrado no livro interno de ocorrências do condomínio um relato de ameaça feita pelo publicitário.

OUTRA ACUSAÇÃO

O advogado Robson Lopes de Souza, que representa a família do zelador, afirmou esperar que "a reconstituição deste crime ajude a solucionar o assassinato do Rio de Janeiro", referindo-se a outro crime do qual o casal é suspeito.

"Com a reconstituição, vamos derrubar várias hipóteses absurdas [sobre o crime] que têm sido levantadas", afirmou, sem citar quais seriam essas possibilidades.

Lopes chegou por volta das 10h30 para participar da reconstituição. Segundo ele, a família da vítima tem acompanhado as investigações, mas não deve se pronunciar sobre o caso hoje.

Editoria de Arte/Folhapress

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