Folha de S. Paulo


Tribunal de Justiça revoga prisão preventiva de filho de Pelé

O Tribunal de Justiça de São Paulo revogou na manhã deste sábado (12) a prisão preventiva do ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho de Pelé.

Segundo o advogado Eugênio Carlos Balliano Malavasi, a previsão é que Edinho seja solto somente na segunda-feira (14). O ex-atleta está preso na cadeia anexa ao 5º Distrito Policial de Santos (a 72 km de São Paulo).

A decisão será encaminhada ao fórum de Santos para que seja cumprido o alvará de soltura.

Condenado a 33 anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico, Edinho foi preso na última terça-feira por determinação da juíza auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande, Suzana Pereira da Silva.

A magistrada decretou a prisão preventiva porque o passaporte do ex-goleiro não foi apresentado à Justiça. A entrega do documento era uma condição para que ele pudesse recorrer em liberdade da sentença, proferida em 30 de maio.

Para pedir a revogação da prisão, Malavasi argumentou que Edinho não pôde apresentar o passaporte à 1ª Vara Criminal de Praia Grande devido ao extravio do documento, comunicado pelo ex-atleta à Polícia Federal em 4 de junho. A certidão do extravio foi entregue pela defesa à Justiça no dia 7 deste mês.

Ao conceder a liminar que revogou a prisão preventiva, a Justiça também determinou três medidas cautelares. A primeira é o monitoramento eletrônico. As demais são a proibição de viajar para o exterior e a obrigatoriedade de comunicação à Justiça sobre mudança de residência e sobre ausência por mais de oito dias.

VAIVÉM

Na sexta (11), Edinho foi levado com outros 15 detentos para o CDP (centro de detenção provisória) de São Vicente, mas apenas a entrada dele não foi autorizada pela direção. Diante da recusa, a Polícia Civil levou o ex-atleta de volta para a cadeia anexa ao 5º DP de Santos.

Questionada pela Folha sobre o motivo da transferência de Edinho não ter sido aceita, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que a entrada dele não foi autorizada "por conta da repercussão do caso e pelo fato da pessoa presa em questão ser muito conhecida através da mídia".

"A SAP preferiu fazer a inclusão dele em outra unidade com perfil mais adequado", informa a nota oficial.


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