Folha de S. Paulo


Greve de metroviários e protestos deixam trânsito ruim em SP

O trânsito em São Paulo está bem acima da média na manhã desta segunda-feira (9), quinto dia consecutivo de greve do Metrô. Por conta da paralisação, o rodízio de veículos está suspenso hoje o que faz com que mais pessoas tirem os carros da garagem no horário de pico.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 9h45 a cidade registrava 179 km de lentidão o que representa 20,6% dos 868 km de vias monitoradas. A média para o horário é de 12,7%. A pior região é a zona sul da cidade com 60 km de lentidão.

A pior via da cidade é a marginal Pinheiros, no sentido Interlagos, com mais de 10 km de lentidão. Além do excesso de veículos, na manhã de hoje aconteceu uma manifestação na ponte estaiada, na zona sul de SP. Integrantes do movimentos "Loucos pela Paz" vestidos de Batman e Homem-Aranha fizeram rapel e colocaram uma faixa de protesto no local.

A CET diz que o trânsito ficou ruim pois muitos motoristas reduziam a velocidade para ver a dupla no rapel. No centro de SP, um grupo de metroviários e de sem-teto faz protesto no entorno da praça da Sé complicando ainda mais o trânsito na região.

A SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal) informou que acionou novamente o Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência) para reforçar a frota de ônibus na capital.

Segundo a empresa, foram criadas linhas especiais para atender os passageiros vindos da linha 3-vermelha, na zona leste de SP. As linhas que operam com destino às estações de metrô também foram estendidas.

GREVE

Apesar de decisão da Justiça considerando a greve abusiva, os metroviários de SP decidiram em assembleia neste domingo (8) continuar a greve iniciada na quinta-feira (5).

Neste domingo (8), os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho também determinaram que o reajuste salarial dos trabalhadores deverá ser de 8,7%, índice oferecido pelo Metrô. Os metroviários pediam 12,2%.

O TRT determinou ainda uma multa de R$ 500 mil para cada novo dia parado, e de R$ 100 mil para os quatro dias anteriores ao julgamento.


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