Folha de S. Paulo


Forças de segurança fazem simulação de ataque terrorista no metrô do Rio

Uma simulação de um ataque radiológico foi realizada na manhã deste sábado (31) na estação do metrô Cidade Nova, no centro do Rio de Janeiro. O objetivo do treinamento era integrar as ações das forças de segurança para o caso de um ato terrorista durante a Copa do Mundo.

O exercício constituiu na explosão de um artefato radiológico dentro de um trem do metrô com passageiros que tinham como destino o estádio do Maracanã, local onde serão realizadas sete partidas da Copa, inclusive a final. Ao todo, entre militares e civis, 270 pessoas foram mobilizadas.

Para tornar o simulado o mais real possível, foram chamados militares para figurarem como passageiros. Com ferimentos fictícios, o grupo gritava na plataforma por socorro após a explosão do artefato. Atendidos pelos bombeiros, que usavam roupas próprias para proteção radioativa, as vítimas passaram por uma triagem e receberam pulseiras que determinavam o grau dos ferimentos.

Após a triagem e a detecção do agente químico usado no ataque, os feridos foram levados para duas tendas de descontaminação: uma considerada primária, montada pelos bombeiros, e outra de descontaminação total, do Exército.

Toda a ação foi supervisionada por um gabinete de crise que reuniu representantes do Ministério da Defesa, das polícias civil e militar, dos bombeiros e da Comissão Nacional de Energia Nuclear.

"O treinamento foi um sucesso pois conseguimos descontaminar as vítimas articulando todas as forças de segurança envolvidas. Estamos preparados para a prevenção, o combate e a administração das consequências de um ato terrorista", disse o porta-voz do Exército, tenente-coronel Marco Ferreira.

Durante a realização do mundial, as tendas ficarão próximas a pontos de mobilidade considerados estratégicos.

"As estruturas de descontaminação estarão sobre rodas, perto dos estádios para serem deslocadas em caso de um ataque. O tempo de montagem é de cerca 30 minutos, e cada pessoa deve ser descontaminada antes de ir para o hospital para assim não passar o agente nocivo para outras pessoas ou lugares", afirmou tenente-coronel Paulo Cabral, responsável pela Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército no estado. O oficial, no entanto, não quis divulgar o número de tendas que a corporação dispõe.

Os militares especializados na descontaminação também irão realizar varreduras de todos os locais diretamente envolvidos na Copa. A ação inclui estádios, centros de treinamento, hotéis, aeroportos, bases aéreas e comboios das delegações oficiais.


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