Folha de S. Paulo


Ônibus foram parados por homens armados, diz Jilmar Tatto

Em reunião com o secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella Vieira, e a Polícia Militar, o secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou que homens armados obrigaram ônibus a parar na manhã desta quarta-feira (21). Segundo ele, 15 veículos foram interceptados desta forma no Grajaú, Cidade Dutra, Valo Velho e Jardim Cocaia.

De acordo com o secretário, os homens levaram as chaves dos ônibus e, em alguns casos, cortaram a correia de energia.

O presidente do sindicato patronal SPUrbanuss, Francisco Christovam, disse que a entidade enviou ofício à Secretaria de Segurança Pública pedindo o apoio da polícia para manter os ônibus circulando em São Paulo.

Segundo ele, motoristas e cobradores que estão paralisando as atividades nesta quarta-feira (21) bloqueiam as saídas dos terminais e impedem os coletivos de circularem quando estacionam nos corredores.

De acordo com Christovam, os manifestantes estão abrindo a tampa do motor dos ônibus e cortando a correia de energia quando os motoristas se recusam a entregar as chaves dos veículos. Além disso, também estão sendo esvaziados pneus.

"Nós não temos nada a negociar. Nós ficamos negociando durante meses e a proposta foi aprovada em assembleia com mais de 4.000 trabalhadores. Com a polícia, nós vamos conseguir colocar a frota na rua."

Segundo ele, a esperança é que o apoio chegue em tempo de manter o serviço funcionando pelo menos parcialmente durante o horário de pico da tarde.

Além disso, o SPUrbanuss entrou com uma representação no Tribunal Regional do Trabalho pedindo que o órgão declare a ilegalidade do movimento.

"Se for decretada a ilegalidade do movimento isso nos dá a condição de adotar medidas mais severas com relação a essas pessoas que adotaram essa postura."


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