Folha de S. Paulo


Prisões e vandalismo marcam paralisação de motoristas em Manaus

Ao menos 70 mil pessoas foram afetadas em Manaus na tarde desta quinta-feira (8) por uma paralisação de três horas de motoristas do transporte público.

Dois ônibus foram apedrejados por usuários revoltados com a interrupção do tráfego, e dois motoristas envolvidos na ação acabaram presos.

Segundo a Polícia Militar, os dois motoristas pararam os ônibus em avenidas de acesso a um terminal central rodoviário e levaram consigo as chaves, travando o trânsito. Dezenas de linhas passam pela região do terminal.

O afastamento do presidente do sindicato local dos rodoviários pelo TRT-AM (Tribunal Regional do Trabalho), no início da tarde, pode ter provocado o início da paralisação. O afastamento foi motivado por suspeitas de irregularidades na condução do sindicato.

O afastamento do presidente do sindicato local dos rodoviários pelo TRT-AM (Tribunal Regional do Trabalho), no início da tarde, provocou a paralisação. A decisão foi motivada por suspeitas de irregularidades na condução do sindicato.

"Não ordenamos nada, os trabalhadores começaram a nos ligar ao saber da informação, e decidiram paralisar por conta própria", disse Josildo Oliveira, ex-vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Manaus. A diretoria afastada diz que vai recorrer da decisão judicial.

Ontem (7), metade da frota da cidade foi paralisada nas primeiras horas da manhã. Os sindicalistas alegaram que a prefeitura descumprira acordos firmados ao término da última greve da categoria, no mês passado.

BELÉM

No Pará, rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba iniciaram uma paralisação e chegaram a fechar uma avenida da capital durante a manhã. O sindicato dos rodoviários exigia melhor acordo salarial com as empresas de transporte.

Durante a tarde, após reunião com o sindicato patronal, os rodoviários aceitaram reajuste salarial de 7% e aumento de R$ 40 no vale alimentação e encerraram a paralisação.


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