Folha de S. Paulo


Qualidade das praias paulistas despenca em 2013, aponta Cetesb

Depois de um ano excelente em 2012, a qualidade das praias do litoral de São Paulo caiu bastante em 2013, principalmente no litoral norte do Estado.

Segundo relatório anual da Cetesb (agência ambiental paulista), apenas 22% das praias monitoradas, de um total de 89, ficaram boas para um mergulho de mar durante todo o ano. Em 2012, este índice registrou 54% de praias próprias durante todas as semanas do ano.

O número de praias ruins e péssimas (que ficam impróprias mais de 25% das semanas do ano) subiu de 9% para 25% do ano retrasado para o ano passado.

A explicação oficial é que a chuva, concentrada em algumas semanas do ano, causou essa mudança. Mas, para os especialistas, isso mostra que a quantidade de esgoto ilegal é muito grande.

O relatório divulgado nesta quarta-feira aponta que a piora no litoral norte ocorreu em São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba. Já na Baixada Santista, houve piora em todos os municípios, com exceção de São Vicente, que permaneceu com a condição de balneabilidade inalterada.

O órgão analisou também a qualidade da água doce. Nesse caso, 84% dos pontos monitorados mantiveram, em 2013, classificações como ótima, boa e regular. Apesar disso, trecho do Alto e Médio Tietê não teve melhora, embora tenham sido realizados investimentos em saneamento.

No caso da água destinada ao abastecimento do público foi constatada piora em 2013. Segundo a Cetesb, 17% dos 76 pontos de monitoramento tiveram avaliação péssima ou ruim.

QUALIDADE DO AR

Já em relação a qualidade do ar, a Cetesb conclui que as concentrações de dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO) e partículas inaláveis (MP10) são menores do que as observadas no final de década de 90 e início dos anos 2000.

O documento aponta ainda que os níveis de dióxido de enxofre e de monóxido de carbono registrados na região metropolitana de São Paulo, em 2013, estão entre os mais baixos da década, apesar da expansão da frota automotiva.

Algumas substâncias analisadas pelo relatório, porém, ultrapassaram os padrões horários, diários ou anuais em alguns momentos durante o ano passado.

Isso ocorre com as partículas finas (MP2,5) que ultrapassaram padrão diário em Congonhas, Marginal Tietê-Ponte dos Remédios e Parelheiros, e com o dióxido de nitrogênio (NO2), que ultrapassou o padrão horário em Cerqueira César e o padrão anual na estação Marginal Tietê-Ponte dos Remédios.

Algumas substâncias analisadas também excederam padrões diários nas estações Santos-Ponta da Praia e Vila Parisi, na área industrial de Cubatão; no interior, na estação Paulínia-Sul; e também nas medições realizadas em Santa Gertrudes e Rio Claro.


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