O secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse que a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, "não vai ficar como a do Amarildo". A informação foi dada pelo secretário durante entrevista no programa "Encontro com Fátima Bernardes", da TV Globo.
Beltrame se referia ao pedreiro que desapareceu na Rocinha em julho do ano passado, após ter sido detido por PMs e levado para a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) local.
A frase de Beltrame foi uma resposta à mãe do dançarino, que afirmou ontem que seu filho "ia virar outro Amarildo" se os moradores não tivessem interferido na hora em que PMs estavam na creche em que o corpo foi encontrado.
"Estavam tentando tirar o corpo do Douglas da creche quando os moradores chegaram. Meu filho ia virar outro Amarildo", disse Maria de Fátima.
"Eu, que sou pai, quero dizer para ela que não vai ficar como o Amarildo, isso não vai ficar impune", disse Beltrame no programa.
"Não temos o direito de errar, mas errar é humano. Mas vou garantir a essa família a transparência. Podem acreditar na elucidação desse caso e digo aos senhores que o Rio vai demorar a mudar o paradigma da violência se essas partes da cidade não forem ocupadas pelo Estado."
O comandante das UPPs, coronel Frederico Caldas, afirmou que foi aberta sindicância para apurar se houve participação dos policiais no crime.
