Folha de S. Paulo


Marginal Tietê ainda tem faixa bloqueada após vazamento de gás

A marginal Tietê ainda tinha uma das quatro faixas da pista local bloqueadas, por volta das 21h desta quarta-feira (23), em decorrência do vazamento de gás ocorrido na madrugada de hoje, na altura da ponte Cruzeiro do Sul, no sentido Castello Branco.

O problema deixou a pista totalmente fechada por cerca de 12 horas, o que prejudicou o trânsito na região por toda a manhã e parte da tarde desta quarta. Com a liberação de duas faixas por volta das 13h30, a lentidão diminuiu. Por volta das 20h30, uma terceira faixa. Não há previsão, no entanto, para a liberação da última faixa.

VAZAMENTO

O vazamento de gás na marginal Tietê ocorreu durante uma perfuração de solo feito por uma empresa terceirizada da prefeitura para instalar fibra ótica, de acordo com José Carlos Broisler, diretor de operações da Comgás. O trabalho estava a cargo da Hencelt Engenharia.

A Folha entrou em contato com a empresa, porém um funcionário disse que não havia ninguém para atender a reportagem.

De acordo com o diretor da Comgás, o problema, que aconteceu no início da madrugada, demorou para ser solucionado pois, como não havia um risco grande de explosão, a empresa optou em não cortar totalmente o fornecimento de gás. "Primeiro garantimos a segurança do local e depois optamos em setorizar o fechamento da rede para não prejudicar o abastecimento de toda a zona norte", explica.

Segundo ele, se fosse fechado todo o abastecimento escolas e hospitais, por exemplo, poderiam ser prejudicados. "Isso afetaria mais de 100 mil imóveis e, apesar de atrapalhar o trânsito, o gás foi fechado para cerca de cem imóveis apenas", comenta.

O diretor diz que esse tipo de acidente poderia ser evitado já que a empresa fornece informações como desenhos e dados sobre onde estão instaladas as redes de gás. Segundo ele, ontem um funcionário da Comgás foi até o local onde seria feito o serviço para orientar sobre a tubulação de gás. Agora, a Comgás fará uma investigação para avaliar o que deu errado.

Ao menos uma pessoa passou mal em razão do vazamento. A professora Gleiciane Farias do Santos, 25, chegou a vomitar e sentir tontura ao caminhar próximo ao local onde era possível sentir um forte cheiro de gás.

"Estava conversando ao telefone, um pouco nervosa. Senti o cheiro forte, logo me deu uma tontura e eu comecei a passar mal", disse. Ela foi socorrida por agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que estavam no local. Ela recusou o atendimento de uma equipe médica.

O auxiliar de enfermagem Wellington Alan Santos Nascimento, 23, também passou pelo local onde estão concentrados os esforços das equipes da Comgás e da Cetesb que tentam identificar o vazamento.

"De longe eu já comecei a sentir esse cheiro forte. Chega a dar dor de cabeça", afirmou. A auxiliar de limpeza, Fernanda de Sousa, 37, também reclamou do cheiro forte. "Dá até medo de passar, vai que explode aqui", disse.


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