Folha de S. Paulo


Agente penitenciário dopa colegas para roubar armas em Minas

Um agente penitenciário foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais sob acusação de dopar colegas de trabalho com tranquilizante para roubar pistolas e submetralhadoras de um depósito de armamentos.

O crime ocorreu há um mês em Ribeirão das Neves (região metropolitana de Belo Horizonte), na central de escoltas da Penitenciária Dutra Ladeira.

Na última segunda-feira (21), a polícia revelou o resultado da investigação –anunciou a prisão de quatro pessoas e disse ter recuperado 40 das 45 armas furtadas -sendo as seis metralhadoras.

Segundo a Polícia Civil, Marcos Antônio Rodrigues Oliveira, 38, que há 11 anos trabalhava como agente penitenciário -sendo dez anos em Teófilo Otoni- planejou o crime e contou com a ajuda do irmão. As armas roubadas seriam vendidas, o que, segundo a polícia, poderia render até R$ 250 mil.

No dia do crime, o agente serviu para os colegas salada de frutas e suco de limão de cortesia durante o almoço e o jantar. Na cortesia da noite, contudo, ele misturou o tranquilizante para dopar os oito colegas de trabalho e retirar as armas do depósito.

Por volta das 21h, os agentes começaram a passar mal e adormeceram. Nesse instante, o irmão Arthur Rodrigues Oliveira Nogueira, 23, estacionou um veículo nas imediações da central de escoltas e carregou no carro com o arsenal.

Em entrevista à rádio Itatiaia no final da manhã desta quarta-feira (23), o agente Oliveira confessou o crime e se disse arrependido. Pediu desculpas, mas justificou a ação dizendo que bandidos haviam ameaçado matar sua família se ele não pagasse uma dívida– por isso ele diz ter roubado as armas.

A polícia, contudo, disse que os presos queriam lucrar com a venda das armas. Dois intermediários das vendas também foram detidos. Uma quinta pessoa suspeita de envolvimento está foragida. Trata-se de um pedreiro que guardou as armas roubadas em casa.


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