Folha de S. Paulo


Homem é morto a tiro em protesto no Rio; PMs cercados são resgatados

Um homem ainda não identificado, de cerca de 30 anos, foi morto com um tiro na cabeça durante o protesto que aconteceu na noite desta terça-feira (22) no morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na zona sul do Rio.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele morreu antes de chegar ao hospital Miguel Couto, na Gávea (zona sul). O corpo chegou à unidade por volta das 18h30 e foi levado em seguida ao IML (Instituto Médico-Legal), no centro do Rio.

Ainda não há informações sobre a origem do tiro. Mais cedo, houve tiroteio entre policiais militares e traficantes que permanecem na favela, que tem uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A situação começou a ficar mais calma na região por volta das 22h30.

O protesto aconteceu após a morte de Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG. Ele trabalhava como motoboy e dançarino do programa "Esquenta", da TV Globo. O corpo dele foi encontrado numa escola da favela e não tinha marcas de tiro, segundo informou a PM.

Os manifestantes bloquearam ruas no entorno da comunidade e estações do metrô da região foram fechadas. Um grupo de dez policiais precisou ser resgatado pelo Bope após ficar cercado em uma casa no alto do morro.

A polícia diz acreditar que a ação foi orquestrada por traficantes do Comando Vermelho. Um carro chegou a ser incendiado em um dos acessos ao Pavão-Pavãozinho e helicópteros da polícia foram deslocados para o local. Pessoas que passavam por ruas próximas ouviram sons de tiros e bombas.

As comunidades do Pavão-Pavãozinho/Cantagalo têm uma UPP desde 2009. A partir de setembro do ano passado, criminosos passaram a impedir o patrulhamento de policiais militares em diferentes pontos da favela.

Editoria de Arte/Folhapress
Protestos em 10 cidades
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