Folha de S. Paulo


Governo BA chama proposta da PM de 'retrocesso'; categoria segue em greve

O governo da Bahia informou na noite desta quarta-feira (16) que as reivindicações dos policiais militares do Estado ultrapassam o limite financeiro da gestão.

"Essa nova pauta nos causa muita surpresa. Falamos que já estávamos no nosso limite e, hoje, recebemos a proposta com mais coisas inseridas. Esses pontos nos dariam um gasto anual de mais R$ 600 milhões. Consideramos isso um retrocesso", afirmou, em nota, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa.

O secretário disse que o governo se mantém aberto a negociações, mas pediu uma proposta "razoável". "Esperamos isso rápido porque dependemos desta resposta para chegar a um consenso", completou.

Barbosa disse que a gestão já havia feito concessões, como a autorização para PMs mulheres aos 25 anos de serviço e o aumento de uma gratificação que representa despesa de cerca de R$ 50 milhões para o Estado. A PM reivindica outros pontos, como a supressão de determinadas sanções disciplinares no novo código de ética da corporação, ainda em fase de elaboração.

A PM baiana anunciou greve na noite desta terça-feira (15). A paralisação motivou uma série de transtornos nesta quarta-feira, sobretudo em Salvador, a cidade mais afetada. Houve saques, ônibus deixaram de circular, escolas e lojas fecharam as portas.

O governo pediu ajuda à União e o Estado começou a receber ainda nesta quarta reforço de tropas do Exército e da Força Nacional de Segurança.

A reportagem não conseguiu contato na noite desta quarta com representantes da paralisação da PM baiana.


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