Folha de S. Paulo


Grupo picha ônibus e muros em ato anti-Copa; pista da Rebouças é fechada

Cerca de 300 manifestantes bloqueiam desde as 20h20 desta terça-feira a avenida Rebouças, no sentido bairro, em mais um ato anti-Copa na capital paulista.

Durante a passeata que acontece desde o início da noite, e chegou a fechar a avenida Paulista, mais cedo, alguns "black blocs" picharam ônibus, muros e até um relógio de rua. O protesto, porém, acontece de forma pacífica.

Por volta das 20h40, os manifestantes estavam na altura da avenida Henrique Schaumann, fechando totalmente a pista sentido bairro. A chuva que foi mais forte quando o grupo passava pela Paulista, já tinha diminuído no horário, mas ainda atingia o grupo.

Assim como nos dois últimos atos contrários a Copa do Mundo, realizados na capital paulista, um grupo de manifestantes mascarados fez um cordão de isolamento que os deixa afastados dos policiais militares. Um grupo "black bloc" usa escudos improvisados feitos com tambores de plásticos.

Mascarados estiveram nos dois últimos ato anti-Copa, que terminaram de forma pacífica. Em reunião durante a concentração do ato de hoje, um membro do grupo "black bloc" disse para os companheiro não começarem qualquer tipo de confronto.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 1.000 homens da corporação acompanham o protesto. Antes do início da passeata, os manifestantes fizeram faixas no vão livre do Masp. Um grupo chegou a queimar uma bandeira do Brasil no local.

Além de mensagens contra a Copa, as faixas carregadas pelos manifestantes também trazem mensagens contra a precariedade na saúde e lembram a pesquisa do Ipea sobre estupro afirmando que "nenhuma mulher merece ser estuprada e nem maltratada nos serviços de saúde".

Com a cobertura da mídia estrangeira, os manifestantes também começaram a fazer faixas com inscrições em inglês. Em um deles, a tradução é "se não tiver hospital, não vai ter Copa".

Grupo anti-homofobia também participa do ato com gritos de "as bi, as gaym as travas e as sapatão na luta organizada contra a Copa do patrão".

Alguns manifestantes também fizeram maquiagem muito parecida com ferimentos para denunciar a violência policial. Um grupo em bicicletas também participa do protesto.

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