Folha de S. Paulo


Manifestantes fecham pista da av. Paulista em novo ato anti-Copa

Um grupo de manifestantes fechou por volta das 19h30 desta terça-feira uma das pistas da avenida Paulista, na região central de São Paulo. Sob muita chuva, o grupo de cerca de 300 pessoas segue em passeata no sentido Consolação, mas o itinerário não foi informado pelos manifestantes.

Assim como nos dois últimos atos contrários a Copa do Mundo, realizados na capital paulista, um grupo de manifestantes mascarados fez um cordão de isolamento que os deixa afastados dos policiais militares. Um grupo "black bloc" usa escudos improvisados feitos com tambores de plásticos.

Mascarados estiveram nos dois últimos ato anti-Copa, que terminaram de forma pacífica. Em reunião durante a concentração do ato de hoje, um membro do grupo "black bloc" disse para os companheiro não começarem qualquer tipo de confronto.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 1.000 homens da corporação vão acompanhar o protesto de hoje. Antes do início da passeata, os manifestantes fizeram faixas no vão livre do Masp. Além de mensagens contra a Copa, as faixas também trazem mensagens contra a precariedade na saúde.

Os manifestantes também lembram a pesquisa do Ipea sobre estupro afirmando que "nenhuma mulher merece ser estuprada e nem maltratada nos serviços de saúde" em um cartaz do Fórum Popular de Saúde de São Paulo, um dos grupos organizadores.

Com a cobertura da mídia estrangeira, os manifestantes também começaram a fazer faixas com inscrições em inglês. Em um deles, a tradução é "se não tiver hospital, não vai ter Copa".

Antes da passeata, um grupo chegou a queimar uma bandeira do Brasil.


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