Folha de S. Paulo


Polícia muda investigações da chacina e morte de MC Daleste para SP

As investigações dos dois principais crimes ocorridos em Campinas (a 93 km de São Paulo) nos últimos meses serão transferidas para a capital do Estado. A decisão foi confirmada pelo Deinter 2, cúpula da Polícia Civil naquela região, na tarde desta terça-feira (1º).

São eles a chacina de janeiro passado, quando 12 pessoas foram mortas numa mesma noite; e o assassinato de um cantor em julho de 2013, quando Daniel Pedreira Sena Pellegrine, 20, mais conhecido como MC Daleste, foi morto na periferia.

No mesmo dia, o governo do Estado trocou a cúpula das polícias Civil e Militar de Campinas.

Segundo o delegado Licurgo Nunes Costa, a transferência das apurações foi solicitada pelo próprio Deinter 2. "Pelo bem e pelo interesse público da população, pedimos para que ambas as investigações fossem alçadas ao DHPP para a celeridade e a confirmação das investigações."

"As investigações estão muito próximas de um desfecho total", disse o delegado. Segundo o relato de um policial à Folha, a suposta participação de PMs nos dois crimes estaria dificultando as investigações pela Polícia Civil local.

Procurada, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) diz que investiga a ação de PMs na chacina, mas nega essa relação no caso de Daleste.

TROCA DE COMANDO

Entre as trocas de chefia anunciadas está a do próprio Costa, diretor do Deinter 2 que foi substituído pelo delegado Kleber Antonio Torquato Altale. A decisão foi publicada no "Diário Oficial do Estado" nesta terça-feira (1º).

Já o coronel Carlos de Carvalho Júnior, comandante do CPI 2 (grupamento da PM na região de Campinas), foi substituído pelo colega de patente Marcelo Nagy.

Segundo a SSP de São Paulo, a mudança de Costa ocorreu por questões administrativas e a de Carvalho Júnior, por ele ter se aposentado.


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