Folha de S. Paulo


Terceiro ato contra a Copa em SP termina com cinco detidos

Cinco pessoas, incluindo um menor, foram detidas no terceiro ato de São Paulo contra a Copa do Mundo, ocorrido na noite desta quinta-feira. No ato anterior, em 22 de fevereiro, 262 foram detidas.

O alto efetivo policial marcou o protesto de hoje, que iniciou às 18h no largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da cidade. Segundo a Polícia Militar, 1.700 homens foram destacados para a operação. Em seu momento mais agitado, os manifestantes eram 1.500, também de acordo com a PM.

Os primeiros manifestantes que chegavam à concentração do ato logo se depararam com um forte aparato militar. A reportagem contou pelo menos 70 carros da PM, além de dois ônibus, dez vans e 28 motos. Havia também grupos da Força Tática fortemente armados. Mais uma vez, a Folha constatou policiais sem identificação. Um destacamento com 45 policiais, de fardas mais escura, estava inteiramente sem identificação.

Às 19h15, os manifestantes deixaram o largo, com destino à avenida Paulista. No caminho, fecharam a avenida Faria Lima e a Rebouças. Ao longo do trajeto, cantos contra a Polícia Militar e a realização da Copa do Mundo no Brasil eram os mais ouvidos.

Um princípio de confusão começou depois que uma bomba caseira, segundo a PM, estourou próxima ao Masp. Ninguém se feriu. Houve correria e a polícia chegou a cercar manifestantes e jornalistas durante alguns instantes.

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Neste momento, a vidraça de agência do Banco do Brasil foi quebrada, mas não houve confronto e a marcha prosseguiu.

Entre os detidos no final da noite, estão um menor sob suspeita de ter depredado a estação Faria Lima do Metrô e um homem que portava estilingue e esferas de aço. Ambos foram encaminhados ao 14º DP (PInheiros). Outros três foram detidos já na Paulista e encaminhados ao 78º DP.


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