Folha de S. Paulo


Prefeitura faz operação para fechar bares na região da cracolândia

A Subprefeitura da Sé e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) realizam desde o início da manhã desta quinta-feira (13) uma operação para fechar bares sem alvará de funcionamento na região da cracolândia, no centro de São Paulo.

Pelo menos três bares foram fechados na alameda Dino Bueno por não terem a licença. Cerca de 70 homens, entre policias militares e GCMs, participam da operação.

Um homem, que não teve o nome divulgado, foi detido após esmurrar o veículo de uma reportagem de rádio.

"Para de filmar, sai imprensa, eu vou te matar", dizia o homem, que é dependente químico. Policiais militares tentaram conter o viciado que resistiu à prisão. Ele chegou a agredir um policial, que foi encaminhado a um hospital com ferimentos leves.

À tarde, usuários de crack chegaram a arremessar objetos contra os policiais e disseram que não vão sair do local.

BRAÇOS ABERTOS

A gestão Fernando Haddad (PT) deve anunciar ainda hoje ajustes na operação Braços Abertos, que dá moradia e emprego a viciados da Cracolândia, na região central da cidade. Em um balanço de 60 dias, o programa terá o número de vagas ampliado.

Há possibilidade de que seja feito o uso de vagas ociosas, deixadas por pessoas que saíram do projeto (por desistência ou que voltaram para a família), como também a contratação de novos hotéis.

Um dos objetivos da administração municipal é tentar separar pessoas atendidas pelo programa das demais, incluindo os traficantes. Anteontem, houve confronto entre Guarda Civil Metropolitana e viciados após a prisão de duas suspeitas de tráfico.

Também serão iniciados cursos profissionalizantes voltados a seis áreas.

Atualmente, os viciados recebem R$ 120 por semana, além de terem moradia e refeições gratuitas. Em troca, eles precisam fazer acompanhamento médico e trabalhos de zeladoria e varrição de locais público


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