Folha de S. Paulo


Com gaviões, aeroporto do Rio acaba com colisões de aeronaves e aves

Uma turma de 16 aves de rapina –falcões e gaviões– está se destacando entre os funcionários mais dedicados do aeroporto internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio. Sua missão é afugentar e capturar pássaros que podem colidir com as aeronaves.

O resultado tem sido tão eficiente que há três meses o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) não registra colisões entre aviões e pássaros no aeroporto.

Segundo o relatório de risco aviário de 2012 do órgão –o último disponível– só naquele ano foram registrados 1.604 choques entre aves e aviões no país. E o Galeão ficou em quinto lugar entre os aeroportos brasileiros, com 67 –Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), foi o primeiro, com 117 ocorrências.

Priscila da Silva Souza, coordenadora de Meio Ambiente do Galeão, afirma que a falcoaria, já presente em outros países e aeroportos do Brasil, chegou ao Galeão em maio, mas a empresa terceirizada que executa o serviço só teve a licença para capturar os pássaros –e não apenas afugentá-los– em junho.

"Desde que começou esse trabalho, já tem diminuído em 90% as aves vistas no sítio aeroportuário", diz.

Mais de 300 pássaros que ameaçavam a segurança dos voos foram remanejados. Segundo o falcoeiro Uitamar Abreu Júnior, sócio da empresa, depois de capturados, eles são identificados, passam por veterinários e são soltos em um parque em Nilópolis.


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