Folha de S. Paulo


Alckmin confirma plano para resgatar Marcola e diz confiar no trabalho da polícia

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou nesta quinta-feira (27), em entrevista à rádio Jovem Pan, que a polícia descobriu o plano da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) para resgatar a prisão de seu principal chefe, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros três detentos da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (a 611 km de SP).

Segundo o governador, 'lamentavelmente o caso acabou vazando' para a imprensa. Ele disse ainda que está confiante no trabalho da polícia para que o resgate não ocorra.

"Primeiro o empenho da polícia de São Paulo, 24 horas, permanentemente, contra qualquer tipo de organização criminosa, tenha a sigla que tiver. São Paulo não retroage, não se intimida. É a maior polícia do Brasil, mais preparada. Segundo em relação a esse caso [o plano de fuga], a polícia investigou e, lamentavelmente, isso acabou vazando. Mas a polícia está toda preparada e nós temos um esforço grande nesse trabalho", disse o governador.

Alckmin não deu mais detalhes sobre como e quando seria a ação dos criminosos. O plano inclui a utilização de dois helicópteros blindados camuflados com adesivos da Polícia Militar, para retirar os criminosos do presídio, e um avião para a fuga do grupo para uma fazenda no Paraguai, passando primeiro pelo Paraná.

Por ter o nome envolvido no plano de fuga, a Justiça de São Paulo deve julgar nos próximos dias um pedido para que Marcola seja transferido para o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), que prevê isolamento do preso 22 horas por dia.

Outros chefes da facção presos também podem ser transferidos para o regime.

A Folha apurou que o vazamento do relatório sobre o plano de fuga, considerado extremamente sigiloso, gerou mal-estar na cúpula da secretaria da Segurança. A avaliação é que agora será difícil prender os envolvidos.

Uma possibilidade aventada é que as informações tenham sido vazadas por integrantes de gestões anteriores.


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