Folha de S. Paulo


Guarulhos tem racionamento devido ao baixo nível de reservatório

Parte da cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, está passando por racionamento de água por conta do baixo nível do reservatório do Alto Tietê. Essa não é a única cidade paulista com problema no abastecimento, o mesmo já ocorre em cidades do interior e da região metropolitana.

Segundo o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), o racionamento em Guarulhos atinge os bairros de Bonsucesso, Ponte Alta, Carmela, Bambi, Presidente Dutra e Inocoop. Nesses locais, foi implantado um sistema de um dia com água para um dia sem.

A medida ocorre porque a Sabesp -que opera o reservatório Alto Tietê- está entregando 200 litros de água por segundo, quando deveria entregar 300. O Saae afirmou em nota que está em alerta para a possibilidade do racionamento ser estendido para áreas atendidas pelo reservatório Cantareira.

O Saae afirmou que compra por atacado da Sabesp cerca de 87% da água que distribui, por meio dos sistemas Cantareira e Alto Tietê -apenas a água do sistema Cantareira abastece cerca de 62% da cidade. Os outros 13% de água usados no município correspondem à produção própria do Saae.

Guarulhos já havia anunciado na última quarta-feira (5), a concessão de desconto na conta de água para quem reduzir o consumo. O incentivo, que visa à economia de água no município, valerá para as faturas que chegarão aos consumidores entre março e setembro de 2014.

OUTROS

Guarulhos não é a única cidade de São Paulo a registrar racionamento de água. O mesmo já ocorre em Diadema, São Caetano do Sul, Valinhos, Vinhedo e Itu.

Em Campinas, a prefeitura anunciou que vai multar quem desperdiçar água. Se não chover nas próximas duas semanas, dizem autoridades municipais, o racionamento será inevitável.

Outras cidades do interior paulista, como, Piracicaba, Limeira e Rio Claro, estão sob o risco de enfrentar um racionamento de água ainda neste mês.

A mesma situação é vivida em São Carlos e Descalvado, na região de Ribeirão Preto.

O volume de água armazenado no sistema Cantareira, que abastece 8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo e 5,5 milhões na região de Campinas, já atinge menor patamar em uma década - com 20,6% da sua capacidade nesta sexta-feira (7).


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