Policiais da Divisão de Homicídios do Rio foram nesta segunda-feira (3) ao hospital Miguel Couto, na Gávea, zona sul do Rio, ouvir a versão de Daniel Oliveira Coutinho, 41, filho do documentarista Eduardo Coutinho, sobre a morte do pai.
O cineasta foi assassinado a facadas neste domingo. Segundo a polícia, o autor teria sido Daniel, que teria atacado também sua mãe e depois desferido golpes de faca em si próprio. Mãe e filho foram internados no Miguel Couto.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a mãe foi transferida para uma unidade particular, não divulgada. O filho permanece internado sob a custódia de policiais. Ele foi preso em flagrante, segundo a polícia.
De acordo com assessoria de imprensa da Polícia Civil, um dos agentes destacado para tomar o depoimento informal de Daniel tem formação em psicologia, e é muito utilizado em casos como esse. A assessoria informou que o agente não revelou detalhes da conversa. A mãe de Daniel ainda não foi ouvida.
Inicialmente, a polícia trabalhava com a hipótese, ainda não confirmada, de que Daniel sofre de esquizofrenia. Há a dúvida também se o filho teria sofrido um surto psicótico.
A Justiça do Rio decretou a substituição da prisão de Daniel em flagrante para preventiva. Na prática isso significa menos chance de relaxamento da prisão por ora. A prisão em flagrante cabe habeas corpus, enquanto que na preventiva isso é mais difícil.