Folha de S. Paulo


Sem dar troco, parquímetros de Londrina geram revolta

Implantados em abril do ano passado, os 85 parquímetros de Londrina (PR) viraram polêmica na cidade por não darem troco aos usuários.

O sistema, que cobra por período de estacionamento em vias públicas, é comum nos EUA e na Europa e será adotado em São Paulo –a prefeitura prepara licitação.

Em Londrina, o caso ainda irritou os moradores porque, apesar de um decreto municipal prever 15 minutos de isenção, o sistema eletrônico não reconhece esse direito.

A Câmara Municipal chegou a aprovar projeto obrigando a Epesmel, concessionária da Zona Azul, a devolver o troco aos motoristas.

A empresa afirma que se tiver de devolver o dinheiro, o sistema será inviabilizado. Diante disso, os vereadores decidiram retirar o projeto da pauta para análise.

As máquinas de Londrina só aceitam o pagamento em moedas ou cartão pré-pago cadastrado pelo sistema. Cada minuto custa R$ 0,02.

O problema ocorre, por exemplo, quando o motorista quer estacionar meia hora, mas só tem uma moeda de R$ 1. Ele paga pelo direito de estacionar por 50 minutos, mesmo que não utilize o tempo.

"Não é justo pagar por um tempo e não utilizá-lo", disse a funcionária pública Sônia Ulian, 57.

"Fizemos uma pesquisa de mercado. Não encontramos sistema que faça a devolução do troco", diz Wellington Marcate, coordenador da Zona Azul em Londrina.

Quanto aos 15 minutos de isenção, a solução da Epesmel foi usar papeizinhos.

Os agentes de trânsito foram orientados a colocar notas com o horário de chegada nos carros dos motoristas que solicitam a isenção. Passado o período, o motorista deve pagar pelo tempo utilizado.


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