Folha de S. Paulo


Polícia apura crime de lesão corporal após queda de menina no Galeão

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar crime de lesão corporal no caso da argentina Camila Palacios, 3, que neste sábado caiu de uma altura de seis metros no Aeroporto do Galeão, no Rio.

Neste domingo (5), o pai da menina, Marcelo Alejandro Palacios, 40, afirmou que a queda foi provocada pela falta de uma proteção de vidro no terminal 2 do aeroporto.

Camila está internada com traumatismo craniano grave no CTI infantil do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro.

A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Portuária) informou, em nota, que a queda aconteceu no vão das escadas rolantes, as quais são ladeadas por um parapeito para evitar acidentes.

No final da tarde deste domingo (5), Palacios foi comunicado pelos médicos de que o estado da criança é estável.

Ele disse à Folha que não deve transferir Camila para um hospital particular. A menina está consciente e respira sem ajuda de aparelhos, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo Palacios, a filha ainda teve o rosto machucado em função da queda.

Dentista em Buenos Aires, ele disse que aguardava o atendimento em uma lanchonete do aeroporto quando Camila se desgarrou da família.

"Ouvi um grito e um estrondo muito forte. Quando vi minha filha, achei que ela estivesse morta".

Palacios, sua melhor e os três filhos voltariam para Buenos Aires em voo marcado para as 22h de sábado, após 15 dias de férias em Angra dos Reis, região dos lagos.

O pai da menina estuda a possibilidade de medida judicial contra a Infraero.

Representantes do Consulado da Argentina no Rio foram ao hospital para manifestar apoio a Palacios e sua família.

Procurada novamente neste tarde, a Infraero disse que não se pronunciará mais sobre o caso neste domingo.


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