Folha de S. Paulo


Detento foge de presídio no Maranhão pelo portão de entrada

Um detento fugiu por um dos portões de entrada do complexo prisional de Pedrinhas, no Maranhão, na noite desta quinta-feira (2). Nem mesmo a presença de homens da Tropa de Choque da PM e da Força Nacional de Segurança bastaram para impedi-lo.

Pedrinhas já acumula 62 mortes de detentos desde 2013. Diante das constantes rebeliões, com decapitação de presos, órgãos como a OEA (Organização dos Estados Americanos), a Procuradoria Geral da República e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) cobram uma solução da governadora Roseana Sarney (PMDB).

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A assessoria do governo do Maranhão informou que a fuga ocorreu quando o monitor da guarita deixou o local antes da troca de turno –e o detento aproveitou a oportunidade para escapar.

O governo disse que o monitor foi punido "e não está mais prestando serviço" no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pedrinhas.

Ainda segundo o governo, o Estado "está adotando providências complementares nas unidades prisionais" da capital para garantir a segurança.

Entre as ações estão a ampliação da vigilância com câmeras de monitoramento, a intensificação das revistas nas celas e o reforço da fiscalização interna, com o batalhão de choque da PM, e do lado de fora, com rondas de carros da polícia.

Até as 19h50 desta sexta, o fugitivo não havia sido localizado.

Neste início de ano, em menos de 12 horas mais dois presos morreram em Pedrinhas. Em 2013, foram 60 mortos na unidade –a assessoria do governo chegou a divulgar 59, mas depois confirmou que se tratam de 60 as vítimas do ano passado.


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