A polícia do Rio informou ter identificado os autores das pichações das estátuas do poeta Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana (zona sul), e do jornalista Zózimo Barroso do Amaral, no Leblon (zona sul).
De acordo com o delegado titular da DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente), José Fagundes de Rezende, a ação foi praticada pelo empresário Pablo Lucas Faria, 29, e uma mulher identificada apenas como Mel.
O ataque ocorreu na madrugada de quarta-feira (25). O casal também teria pichado o monumento em homenagem ao fundador da cidade do Rio de Janeiro, Estácio de Sá, na madrugada de quinta-feira (26) no Parque do Flamengo (zona sul).
O delegado afirmou que a identificação ocorreu após consulta ao banco de dados da DPMA e a pichadores que atuam na cidade, que teriam identificado o casal. Na tarde desta sexta-feira, o advogado de Faria entrou em contato e disse que o seu cliente iria se apresentar.
Assista ao vídeo em tablets e celulares
Rezende informou que eles irão responder ao artigo 65 da lei 9.605-98, que pune com detenção de três meses a um ano e com multa autores de pichações de monumento urbano. Além disso, diz, serão acusados de formação de quadrilha, com de um a três anos de prisão. Com a soma das penas, podem ser presos por até quatro anos.
Segundo o delegado, Faria, que é conhecido como "Quase", tem residência em Uberaba (MG) e no Rio, em Jacarepaguá (zona oeste do Rio).
Imagens flagradas por uma câmera da prefeitura mostram o casal pichando a estátua em bronze de Drummond por volta de 1h20.
Essa é a segunda vez que a estátua de Drummond é pichada. A primeira vez foi em 2002, meses depois em que o monumento foi inaugurado pelo artista plástico Leo Santana. Os óculos de Drummond também já foram furtados e depredados oito vezes.
O comerciante Herbet Parente limpou a estátua de Drummond por conta própria. Mesmo assim, equipes da Gerência de Monumentos e Chafarizes devem analisar a peça e remover a tinta da imagem de Zózimo Amaral na tarde de hoje.