Mais um shopping em São Paulo foi alvo do "rolezinho" -evento combinado por meio de redes sociais em que jovens correm e tumultuam centros de compras.
Neste domingo, o "rolezinho" ocorreu no shopping Interlagos, na zona sul, que estava lotado no último fim de semana antes do Natal. Neste mês, houve a manifestação em ao menos outros três shoppings.
Desta vez, por volta das 16h, um grupo de meninas gritou "arrastão!". Começou, então, a correria, tanto dos jovens quanto dos clientes.
Os lojistas baixaram as portas rapidamente e em questão de minutos, policiais militares entraram e dissiparam a confusão.
Ambos estavam de prontidão, pois o encontro foi marcado publicamente pela internet. O organizador do evento escreveu que a ideia era "tumultuar, pegar geral e se divertir sem roubos". Nenhum roubo foi registrado.
Nem a direção do shopping nem a polícia souberam informar quantos jovens participaram da manifestação. Segundo policiais militares no local, três jovens foram detidos, apontados por seguranças do estabelecimento como alguns dos provocadores do tumulto.
| Joel Silva/Folhapress | ||
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| A PM foi acionada por conta do "rolezinho", no shopping Interlagos; ninguém ficou detido |
LOJAS LOTADAS
No momento da correria, o shopping esvaziou. A loja do Burguer King, por exemplo, ficou 45 minutos fechada. Por volta das 18h, a situação já estava calma e o shopping voltou a lotar. Cinco carros da Polícia Militar e dois do GOE (grupo especial da polícia) permaneceram no local até o começo da noite de hoje.
No sábado, pelo menos 200 pessoas fizeram o "rolezinho" no shopping Campo Limpo, na zona sul, que chegou a fechar parcialmente.
No dia 14, o alvo foi o shopping Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Mesmo sem crimes registrados, 23 pessoas foram detidas.
Os "rolezinhos" começaram no último dia 7, quando cerca de 6.000 jovens foram a um encontro no shopping Metrô Itaquera, zona leste.
Segundo a PM, na ocasião, parte dos jovens participou de arrastão numa loja, mas ninguém do grupo foi detido.
O shopping Metrô Itaquera afirmou que foi um "fato isolado" e que "não houve arrastão no estabelecimento".