Folha de S. Paulo


Prefeitura de São Paulo 'não tem gestão', diz presidente da Fiesp

Pré-candidato ao governo paulista, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), disse ontem que o aumento do IPTU não fará falta à Prefeitura de São Paulo. Segundo ele, o problema é a ineficiência para executar o Orçamento.

"90% das pessoas que pagam imposto seriam majoradas, e 10% teriam pequena redução. Acho que tem alguém querendo enganar a sociedade, não tem?", disse Skaf à Folha por telefone, ao reagir à afirmação do prefeito Fernando Haddad, segundo o qual sua entidade seria uma "casa grande".

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De acordo com a prefeitura, esse percentual é um pouco mais baixo: 85,5% dos cerca de 2 milhões dos que pagam IPTU teriam sofrido o aumento.

Ao todo, São Paulo tem cerca de 3 milhões de contribuintes, dos quais um terço está isento.

Skaf afirmou que a proposta era "absurda" porque o IPTU teria subido muito acima do crescimento da renda média desde 2009, ano do último reajuste do imposto.

O líder empresarial lembrou que o aumento do IPTU só representa cerca de 1,5% do Orçamento da cidade para o ano que vem, de R$ 50,5 bilhões.

Ele disse que a prefeitura deixou de executar R$ 9 bilhões do Orçamento deste ano, demonstrando que "não tem gestão, não tem eficiência".

Na prefeitura, o números é outro: do Orçamento de R$ 42,3 bilhões deste ano, R$ 6,1 bilhões não haviam sido empenhados até novembro.

A Fiesp e o PSDB acionaram a Justiça contra o IPTU, mas a entidade empresarial teve mais visibilidade após a veiculação de anúncios na TV. Na peça, Skaf aparece celebrando a decisão favorável obtida no Tribunal de Justiça de SP, na semana passada.


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