Traumatizados com o caos do feriado de 15 de Novembro, turistas que rumam ao litoral norte para as festas estão apelando para as lanchonetes da rodovia Tamoios para saber como está o trânsito.
A resposta é incerta. Após adiar em um mês o fim das obras, previsto inicialmente para 16 de dezembro, a Dersa, que administra a via, afirmou que "99%" da rodovia estaria pronta para o Natal.
Na prática, porém, o motorista deve encontrar trechos com materiais e obras a serem finalizadas. A reportagem percorreu toda a extensão da Tamoios anteontem e encontrou afunilamentos e obras em vários pontos –um cenário que os funcionários tentavam mudar até ontem.
| Editoria de Arte/Folhapress |
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"Vamos acabar, nem que seja à meia-noite", disse um operário no km 25, onde havia obras de pavimentação e ajustes na pista.
À frente, no trecho conhecido como serrinha (o último a ser concluído), mais obras, maquinários e tráfego em pista única, marcado por cones. Próximo ao km 35, uma operação "pare e siga" deixava fila de veículos e lentidão por até dois quilômetros.
A Dersa afirma que irá suspender as obras a partir de hoje -a previsão é que o serviço seja retomado no dia 6 de janeiro. Até lá, a rodovia deve operar em pista dupla, nos dois sentidos, sem obras na pista, diz a empresa.
"As pessoas chegam a ligar e perguntar: 'O que você acha, está parando ou não?'", diz Oscar Vilhena, 30, dono de um restaurante na via.
O temor de novos congestionamentos é tanto que até os fornecedores sugerem o aumento das encomendas para evitar situações como a do feriado da República -quando lanchonetes tiveram de fechar as portas por falta do que servir.
Antônio Carlos Pereira, dono de uma lanchonete, resolveu se prevenir: vai ter mais funcionários e mais estoque e deve abrir mais cedo.
Motoristas também criaram estratégias. José Luiz Faria da Silva, 43, adiantou a viagem a Ilhabela o máximo que pôde -e estava a caminho às 9h de quarta-feira.
Apesar da preocupação dos motoristas, a Polícia Rodoviária informa que a Tamoios já é uma boa opção para algumas cidades do litoral.
Antonio Monteiro, comandante de pelotão no litoral norte, calcula que os motoristas não levarão mais de três horas para percorrer a via.
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