A via Dutra (BR-116) no Estado de São Paulo tem um dos três trechos de estrada mais violentos do Brasil. Foram 612 acidentes e 18 mortes em 2013. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (19) pelo governo federal.
Em parceria com a Polícia Federal, estudo do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) realizou um ranking com os 100 trechos de 10 quilômetros em rodovias federais com o maior índice de acidentes graves, incluindo mortes. O estudo deu pesos diferentes para tipos de acidentes, com ou sem vítima e, obviamente, com peso maior para os fatais.
Veja a lista completa de estradas
As três rodovias federais com os trechos mais violentos são: BR-101, em Santa Catarina (km 200 ao km 210), no litoral sul; BR-381, em Minas Gerais (km 490 ao km 500), na Fernão Dias; e a BR-116, em São Paulo (km 220 ao km 230), da NovaDutra.
"Nessas [três] rodovias há uma melhoria do asfalto e da geometria o que gera aumento de velocidade. Isso acontece por elas terem passado [por processo de concessão]", disse o ministro dos Transportes, César Borges, isentando o governo de culpa.
| Mario Angelo - 02.abr.13/Sigpress/Folhapress | ||
 |
||
| Acidente bloqueou pista da via Dutra, no km 228; trecho é um dos mais violentos do país, diz levantamento |
Os dados foram divulgados no lançamento da terceira operação RodoVida do governo federal, com o objetivo de reduzir acidentes graves no país. A ação acontecerá especialmente nesses 100 trechos de 10 km com maior índice de gravidade.
"Essa metodologia nos ajudou a concentrar a operação nesses trechos e tem dado certo", afirmou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Segundo estimativas do governo, o custo da operação será de R$ 1,5 milhão e 1300 policiais rodoviários.
O Paraná é o campeão de trechos de 10 quilômetros entre o ranking dos 100 mais perigosos. O Estado tem 16 trechos violentos, seguindo por Santa Catarina com 12, e Rio de Janeiro e São Paulo, com 11.
A Operação RodoVida começa hoje e vai até o dia 31 de janeiro. Ela retorna do dia 21 de fevereiro até o dia 9 de março, durante o período do Carnaval.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, ano passado a operação fiscalizou 1,1 milhão de pessoas e prendeu quase 3.000 pessoas.