Folha de S. Paulo


Aluguel de bicicletas avança a passos lentos em capitais

Complementares às ciclovias --com opção tanto de aluguel quanto de estacionamento--, os bicicletários também enfrentam dificuldades em sua implantação em algumas capitais brasileiras.

No Recife, a prefeitura e o governo de Pernambuco terão de acelerar o Bike PE, projeto que oferece bicicletas na região metropolitana.

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A meta é instalar 70 estações de aluguel de bicicletas até o fim deste ano. Porém, desde o início do projeto, em maio, até a semana passada, estavam funcionando apenas metade delas.

Segundo o governo, a principal dificuldade tem sido a escolha dos pontos. Para cada estação, é preciso autorização da prefeitura.

Em alguns locais, há resistência de moradores. Em outros, indisponibilidade física, como vias ou calçadas estreitas demais para a instalação.

Em Curitiba, o aluguel de bicicletas funcionou por apenas seis meses: a empresa que ganhou a licitação não conseguiu patrocínio, acumulou prejuízo de R$ 10 mil ao mês e encerrou as atividades em agosto.

"Os patrocinadores não se interessavam. A bicicleta é uma mídia cara [para colocar anúncio] em comparação com outras", afirma um dos sócios da Bicicletaria.net, Rafael Medeiros.

Agora, a empresa pede a revisão do contrato para que seja permitida a automação das estações, o que reduziria custos. Não há, porém, previsão de quando isso acontecerá, pois a mudança depende também de patrocínio. "É um processo de aprendizado", declara Medeiros.


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